sábado, 30 de agosto de 2008

Sobre o ComuniCurtas

Depois de uma semana de Comunicurtas e observando a incrível capacidade de expressão que uma pessoa pode ter, é possível maravilhar-se com a diversidade e visões sobre inúmeros fatos do cotidiano.
Situações diárias são mostradas através de uma lente comandada por sensibilidade e criatividade que transformam as mesmas em verdadeiros espetáculos visuais. Sutil ou explicitamente estabelecem-se críticas sobre comportamentos patológicos da sociedade como exploração sexual infantil e hábitos “anormais” como o uso de entorpecentes (por exemplo, a maconha).
Outras temáticas polêmicas também são inteligentemente mencionadas tais como o homossexualismo e o ciclo vicioso da vida de um nordestino. A amplitude de temas que o cinema pode abranger, sem dúvida é uma das características mais peculiares dessa arte. Sim, cinema envolve arte, já que mescla percepção e reação aos fatores que interferem na vida de um certo grupo social. Assim sendo, o cinema e sua linguagem possuem um papel fundamental dentro da atual e individual “sociedade”, que se encontra relativamente despreocupada com questões de interesse coletivo. Assim imagens e sons conscientizam e convidam os expectadores a uma reflexão da constante mudança de valores e conceitos, que se enfrenta dia após dia dentro do contexto de uma sociedade líquida, que se desfaz e se transforma com uma velocidade surpreendente.
Parabéns aos diretores, roteiristas, atores, enfim a todos aqueles que contribuíram para a idealização de um projeto tão relevante para a parcela “pensante” da sociedade, ou ao menos para aqueles que tentam fugir da inércia.

4 comentários:

Silas Magnata disse...

Experiências incomparáveis essas do Comunicurtas, exceto algumas situações desconfortabílissimas(chuva de maranhão entre outros) que fomos sujeitados eu adorei o evento.

Belo texto Carol.

Anderson disse...

Parágrafo de conclusão excelente!
=]

Sidney Andrade disse...

De fato, um festival de cinema como este derruba toda a noção cinematográfica que se importa de Hollywood. Quando a sétima arte tem tratamento que justifique este título, consegue-se produzir obras que transcendem os sentidos que o cinema engloba normalmente.
é quando pipoca e refrigerante não bastam pra aproveitar uma sessão.

Taiguara Rangel disse...

meu comentario seria irrelevante se nao fosse uma citação:
"Como fazem um filme mudo pra um cego ver?"

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