- Lisura: s. f., qualidade de liso; macieza; fig., sinceridade, lhaneza, franqueza.
Eu e Silas trabalhamos com 100% de lisura nesse último domingo no "Trem do Forró" (Expresso Forroviário).
Explicando: ao desembarcar no distrito de Galante, temos a resposta: "Apenas às três horas da tarde é que o trem retornará").
Estávamos, como se diz, mais lisos que sovaco de santo, mais lisos que pau de sebo, mais lisos que piso de granito, mais lisos que bumbum de neném.
Apelou-se para o bom coração dos vendedores de camarão:
"Ô do camarão, chega cá! Olha, nós somos do site 'Repórter Junino' (mostrando o crachá), queremos fazer uma entrevista rápida com você. Diga, o que você está achando da organização do evento? As vendas estão boas? Passa 4 camarõezinhos pra cá..."
Nessa brincadeira, almoçamos uns 30 camarões, pelo menos. Sem despediçar nem mesmo os bigodes.
Em determinado momento começa a chover. Forte. Forte pra c*.
Nos abrigamos debaixo da tenda de uma barraquinha de "filé-miau".
Por sorte, tinha uma brechinha por onde escorria nosso precioso acompanhamento de almoço: água da chuva.
Fora isso, muito forró, muito calor, muito etanol, muitas profissionais e amadoras. Valeu a experiência.
Taiguara Rangel, vulgo "Maria"
3 comentários:
E como valeu a pena,entre uma e outra "entrevista" nós nos quetionávamos sobre as perspectivas futuras de nossa profissão.Eu falava para Taiguara que ele estaria fazendo bobagem se abandonasse o curso de direito e ficasse no de jornalismo,essa afirmação sempre era seguida de uma gargalhada e uma negação ferrenha.A questão é:fazemos jornalismo mas fazemos com a intenção de enriquecer nessa profissão?
A resposta depende de cada um,no meu caso ela é negativa e acho que a maioria do alunos da nossa turma pensam como eu,jornalismo é antes de tudo paixão e estamos nisso por isso.
Putz, jornalismo é isso: tomar chuva e passar fome. Só resiste quem gosta mesmo. Será que eu resisto?
P.S. Se Leonardo tivesse ido, coitado, teria sido sua úlitma empreitada jornalística. Camarão?? Ou de fome ou de intoxicação.
É... essa eu perdi. :/
Quem sabe no ano que vem?!
Enfim...
Bom, pode-se dizer que o jornalismo é
uma das profissões ditas sentimentais, leia-se esta expressão assim: trabalho feito com amor, tendo como recompensa basicamente satisfação pessoal. Como nosso "colega jornalista" (aguilhar mode on) Silas, também creio que visar a profissão jornalística/de comunicador como meio para uma ascensão social é por assim dizer, equivocar-se; visto que não há vagas de "Boner e Bernardes" suficientes pra todos nós...
Sendo assim o que nos resta é "torcer": seja pra conseguirmos vender pelo menos algumas matérias como free lancer, seja pra termos a sorte d ser agraciados da mesma forma como Silas e Taiguara foram... trabalhar a base de "comida fina" e do líquido cada vez mais precioso na situação atual do planeta. Camarão e água da chuva pra todos nós.
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