segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Algum título imbecil sobre uma mídia idem

Reaproveitamentos de trabalhos são exaustivamente gratificantes, do "ponto de vista" de que não apenas um #$!@# de um professor irá ler o que você desperdiçou tempo pra escrever.
Publico porque talvez tenha alguma coisa interessante pra vocês.

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Segundo o sociólogo francês Pierre Bourdieu (nessa parte finjo que já o li), a mídia, os jornalistas ou a imprensa, como um todo, se permitem influenciar pela busca incessante pelo extraordinário, ou seja, fatos de repercussão nacional e internacional e dos quais acaba tornando-se subserviente.

Devido a essa busca pelo atípico, o que da mídia captamos é meramente e diariamente o ordinário, garantido pela repetição exaustiva das mesmas notícias "extraordinárias", "bombásticas" (com B) ou "catastróficas".

Embora a invasão de Isabelas, Champinhas, Von Histofens, PMs capacitados a matar inocentes e, mais recentemente, uma onda de bebês saltando de janelas; embora tal seja praticamente impossível de se evitar ao perpassar os órgãos de comunicação - é notícia vendável -, devemos à imprensa não apenas a informação que esta transmite, como também nossa alienação criminalística: o "culpado" acaba sendo o antagonista da novelinha que a mesma mídia nos apresenta.

É de sensacionalismo e denuncismo barato que vive nossa imprensa, a velha política do pão e circo que estamos adaptando.

domingo, 14 de setembro de 2008

Selva de Pedra

Recentemente estive presente em uma palestra intitulada “Marketing Pessoal”, e até agora me pergunto o porquê de ali ter ido parar.
Acaso ou não, depois de passar aproximadamente quatro horas assistindo a tal palestra, mais uma (e rara) certeza tenho nessa vida: odeio o capitalismo selvagem.
Dentro desse segmento (se assim pode-se chamar) do sistema capitalista as pessoas se transformam em máquinas cujas funções se limitam ao ciclo do produzir, vender e consumir. E para isso são treinadas por indivíduos que se mostrando “bem-sucedidos” pregam o caminho do sucesso através de lições metódicas e superficiais que incitam a massa a acreditar que só alcançarão a “felicidade” quando enquadrarem-se no sistema.
Quando é dito:
“Hoje expandirei meus negócios”-na verdade se quis dizer:
“Vale a pena passar por cima de qualquer pessoa para atingir meus objetivos”.
“O cliente é a pessoa mais importante”- o objetivo foi ensinar :”Você vale o que você tem”.
E a meu ver, a pior de todas: ”Penso, logo vendo.”.
Coitado de René Descartes deve estar até agora se remexendo no além!
Para quem teve a sorte (chance) de entrar em contato com pensamentos e teorias que pregam alguma igualdade possível, ou mesmo para quem têm uma moral digna de apreciação, tudo isso parece um verdadeiro espetáculo circense, com leões e dominadores, ops, domadores dispostos a tudo para chamar atenção (leia-se vender).
Meu desejo de mudar de mundo aumentou ainda mais. Será que consigo vaga no foguete da Nasa com destino à Marte?
Até lá, o jeito é agüentar e me adaptar.


“Eu aprendi, a vida é um jogo, cada um por si e Deus contra todos,
Você vai morrer e não vai pro céu, é bom aprender a vida é cruel...”.
(Homem Primata, Titãs).

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Mais uma do macho

É que o homem sempre fica com toda a diversão. Sorte minha que nasci com algo a mais entre as pernas. Gerações vêm e vão e os privilégios masculinos só aumentam, ganhado cada vez mais roupagens ao longo da evolução do descaramento do macho.

Inventaram agora uma tal de Lei Seca, que só veio para confirmar as minhas suspeitas de que, não importa o quanto o discurso feminista se esgoele, o homem sempre dá seu jeitinho de ficar por cima (em todos os sentidos). Se for um homem brasileiro então, aí a coisa fica preta. Aquela sacanagenzinha masculina somada á malandragem que é inata a quem no Brasil se cria dá origem ao que posso chamar de “o natural engana trouxa”. A mulher é a trouxa sempre, coitada.

Perdoem-me as senhoras, mas caíram numa nova sacanagem sexista depois dessa Lei Seca. Ouvi em várias reportagens que, depois desta, a mulher assumiu a direção. Pobre iludida! Se liga no migué: O homem, que não é besta nem nada, vem com a historinha de que tem confiança o bastante para ceder-lhe o banco esquerdo do carro, esse território sagrado no qual, até então, o pênis era ditador. Aí o cara enche a cara à vontade, e agora mais ainda, já que não tem que se importar de se preocupar em dirigir, aquela pontinha de consciência que todo bêbado ignora mesmo – por conveniência.

Se antes o homem dizia “Posso beber o quanto quiser, sou ótimo motorista!”, o discurso virou outro: “Posso beber o quanto quiser, agora eu tenho chofer!” Mas é necessário, claro, que o terreno seja preparado antes: “Amor, vamos sair hoje à noite? Eu deixo você dirigir.” E a mulher, empolgada, aceita como uma criança que finalmente pode usar um brinquedo que é seu, mas que o pai não largou desde que a presenteou.

Eu não entendo. Agora elas ficam a noite inteira no seco, só olhando eles encherem a cara, e ainda há quem queira achar que isso é justo? A solução, eu suponho, para fins de igualdade dos direitos sexuais, seria permitir que menores de idade guiem. Desse jeito, as crianças, que não devem beber (né?), passam a participar mais da vida social dos pais, o que tornaria as relações familiares muito mais produtivas, e ambos, o homem e a mulher, poderiam encher a cara livremente, dando às novas gerações, assim, um belo exemplo de integração e respeito às leis.

domingo, 7 de setembro de 2008

Um olhar sobre o pré-sal


As recentes descobertas de gás natural e petróleo na camada de pré-sal, entre 5 e 7 km de profundidade, nos campos de Jubarte e Tupi, respectivamente nas bacias de Campos e Santos, em regiões ainda pouco estudadas e pouco exploradas, estão trazendo grande furor e expectativa tanto á população brasileira bem como ao mercado econômico interno e externo, mas para extrair os recursos é necessário constituir um modelo de exploração para determinar as diretrizes que deverá seguir, como também definir se a Petrobrás irá ser a única empresa a atuar na produção, e se o Estado será ativamente participativo no concurso. Outro fator é com relação às áreas já leiloadas para empresas privadas, que seriam exploradas arbitrariamente sem a regulação do governo. A formação de uma nova estatal para gerir o pré-sal, gerou polêmica já que deixaria em escanteio a manda-chuva Petrobrás, mas essa opção já foi descartada por Lula. A Petrobrás que por sinal está se revelando mais uma multinacional do que puramente uma estatal, com ativos em diversos países, a empresa também obtém lucros estupendos vendendo áreas de exploração para organismos privados. 

Para o presidente, o principal beneficiário tem de ser o povo brasileiro que segundo a constituição é o real detentor do petróleo sob a figura do Estado; os planos de Lula para com as reservas do pré-sal são ambiciosos e utópicos no sentido em que pretende acabar com a pobreza no país e ainda investir tudo o que o Brasil nunca investiu em educação. Toda essa pretensão esbarra na opinião bem fundamentada de alguns especialistas em economia que dizem ser inviável custear desenvolvimento e projeção social instantaneamente com os recursos provenientes do petróleo, e mais, uma adição tão grande de capital na economia poderia ser infinitamente mais nocivo ao câmbio, repelindo investimentos privados, geraria inflação e aumentaria de sobremaneira as importações, desfavorecendo o mercado interno, tudo isso tem sim uma relação de causa bem coerente, além disso, é fato que todos os países membros da OPEP são pobres, desiguais, centralizadores e com baixos índices sociais, assim como são as demais nações exportadoras, assim como é o Brasil, quando há 55 atrás Getúlio decretava que "o petróleo era 'nosso'".

Nesse entretempo de descobertas no pré-sal e previsões visionárias do futuro, nosso governo parece ter esquecido tudo o que se pôs a mesa de negociações com os biodieseis, não se ouve, se fala ou se lê mais nada sobre biocombustíveis; alguns que defendiam o louvável discurso ambiental que se fez em torno das energias limpas e renováveis, enfiaram a mão no óleo escurecido e seguraram a bandeira do pré-sal como forma de desenvolvimento a todo custo, sem cuidados ambientais. É uma grande responsabilidade determinar onde serão investidos os trilhões oriundos da comercialização da commodity, afinal, o que realmente se espera é que não sejam cometidos os mesmos erros de cinco décadas atrás, e que a tentação ambiciosa de um projeto de perpetuação no poder não sobre caia aos alquimistas que farão revolução com petróleo.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Polícia tambem é Cultura

Apreciem com moderação.
Leiam com atenção o seguinte poema - e não esqueçam do tom de declamador:


"Uma águia passou pelo meu quintal

Um vento muito forte querendo namorar
Acho que ta querendo a minha piriquita
Que a muito tempo... estou doida pra dar

Já passou uma semana e essa águia sumiu
E eu não ouvi o grito dela por aqui
O que que eu faço pra dar minha piriquita
Que a muito tempo não dá uma puladinha

Quem vai querer a minha piriquita? A minha piriquita? A minha piriquita?"


A história:

Um policial militar de São Paulo virou hit na internet ao aparecer em um vídeo dançando uma música de forró chamada “A periquita”. A música tem letra de duplo sentido com conotação sexual. O policial dança e rebola nas imagens.

No site YouTube há várias edições do vídeo, mas a original tem 27 segundos e começa com alguém dando um comando para o policial iniciar a dança. O PM está fardado, com colete à prova de balas e aparentemente carrega um revólver na cintura. O local onde a dança é feita parece uma unidade da polícia.

A assessoria de imprensa da PM disse que já tem conhecimento do vídeo. Segundo o órgão, já foram identificados os policiais militares que tiveram participação ou que não deveriam ter permitido que o fato se realizasse. A polícia disse ainda que já instaurou procedimentos disciplinares contra os policiais.


Agora assistam a magnífica dança: (ou, se já houverem apagado, procurem pelo link no youtube)

http://www.youtube.com/watch?v=h-sC8M48smE&feature=related

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Pra quê ser trágico se podemso ser cômicos! (sem duplo sentido)

Quando surgiu a idéia de se criar esse blog, eu pensei logo: "eita, agora sim vou escrever algo sério". Mas depois do primeiro texto eu vi que seriedade não é bem o meu forte. Abrimos os jornais ou vemos na internet centenas de notícias e é impossível não ter a atenção atraída por algumas delas e sinceramente eu busco o lado engraçado de cada notícia, não importa o quão triste seja.


Uma notícia que sempre aparece nos jornais e é impossível não rir é a do tipo: "fulano de tal, americano, morre ao tentar bater seu próprio recorde mundial de salto de motocicleta sobre carros”. O ato em sí já é totalmente idiota. Qual o objetivo de uma pessoa pegar uma moto pra saltar um monte de carros e quebrar um recorde que já é seu? Deve ser difícil para um jornalista ler uma notícia dessas no ar e não se estourar de rir, eu particularmente riria e, ainda mais, acharia muitíssimo bom esse otário ter perecido de uma burrice dessas.

O fato mais cômico que eu já vi ser noticiado foi a viagem de balão do padre sem noção. Como é que esse animal me inventa de sair voando amarrado a um monte de balão de festa com um clima que só vendo e sem entender nada de navegação? Para piorar, o, digamos, corajoso padre leva dois celulares, um deles com a bateria descarregada, e um GPS que sequer sabia como ligar. Dias depois aparecem os balões boiando no mar e o padre que estava preso a eles foi parar DEUS sabe onde. Resultado: padre morto, possivelmente devorado por tubarões. Comentário: bem feito.


Passa-se um tempo de certa calmaria no "Planeta Bizarro", aí chegam as olimpíadas... Ah, as olimpíadas, celeiro das "tosquices" esportivas. E essa edição dos jogos teve de tudo: vara sumida, lutador que jogou a medalha fora, lutador que deu porrada em árbitro e um cara que parece um monstro e conseguiu mais medalhas de ouro que muitos países por aí, inclusive o nosso. E o Brasil foi campeão, campeão do chororô. Diego Hipólito poderia ter sido o grande orgulho da ginástica e se tornou a grande piada, caiu de bunda. Perdeu, playboy.

Terminando essa bagaça e olhando para o calendário, me vem á cabeça mais uma piada. É evidente que eu não vou contar piada aqui, devido à seriedade deste texto, mas sorriam amigos! Sorriam, domingo é feriado. Feriado? Feriado de quê? Ah, lembrei! É independência do Brasil... É, isso aqui virou uma piada mesmo!