Assinada no dia 19 de junho de 2008 pelo presidente da República, Luís Inácio da Silva, a nova lei contra bebida nas estradas do país é uma das polêmicas mais açucaradas do momento.
Em um primeiro momento, a lei é belíssima, uma ótima intenção; com certeza uma das mais promissoras, já que muitos acidentes acontecem por conta de embriaguês. Todo mundo sabe que não é aconselhável beber antes de dirigir. O álcool afeta diretamente o sistema nervoso central do indivíduo, interferindo negativamente na coordenação motora e nos reflexos.
Em um primeiro momento, a lei é belíssima, uma ótima intenção; com certeza uma das mais promissoras, já que muitos acidentes acontecem por conta de embriaguês. Todo mundo sabe que não é aconselhável beber antes de dirigir. O álcool afeta diretamente o sistema nervoso central do indivíduo, interferindo negativamente na coordenação motora e nos reflexos.
Sendo a bebida alcoólica uma grande causa dos acidentes de trânsito no Brasil, já estava mais que na hora de alguém tomar uma atitude enérgica em relação a este contexto. A partir de agora, quem estiver conduzindo um veículo com o mínimo de teor alcoólico no organismo (2 decigramas de álcool por litro de sangue, o equivalente a um chope), terá de pagar uma multa de 955 R$ e no flagrante, perde a sua carteira de habilitação. Além do que, se o cidadão beber o equivalente a dois chopes, a punição será acrescida de prisão de seis meses a três anos.
Mas é necessário que enxerguemos destas informações que já são veiculadas desde o dia 19. Será que esta será a definitiva solução para o problema da combinação álcool e direção? O que os brasileiros estão achando desta nova lei? Quais serão os seus efeitos na sociedade?
Como alguém que não tem esperança de que o país vai um dia melhorar, acredito que esta nova lei (apesar da ótima intenção de reduzir uma estatística lastimável) vai ser somente mais um alimento para a pança da corrupção no Brasil.
Quem bebe, é óbvio, achou a lei muito rígida; quem não bebe e se sente ameaçado por um trânsito permeado de bêbados imprudentes, crê que a lei será a solução para seus problemas.
Prisão?!
Será esta a melhor alternativa para este caso? Num país com população carcerária que pede socorro por não ter onde pisar!
Pense na quantidade de policiais corruptos que temos na nossa sociedade...
E o caso do cidadão que nunca colocou uma gota de bebida alcoólica na boca mas por comer alguma coisa que continha álcool, foi preso e vai ter que iniciar um processo na justiça para limpar sua ficha!
Quem bebe deve pagar sim! Mas aqueles que se sentem donos da lei com certeza irão lucrar bem mais do que punir os verdadeiros infratores.
E quem já viu um riquinho ser devidamente punido pelos seus erros cometidos? Duvido que algum filhinho de papai fique preso por dirigir inebriado. Duvido que eles paguem. Os de condição financeira inferior sim, esses vão pagar.
Todos são iguais perante a lei sim, mas a lei é que não é igual perante todos.
Não acredito de maneira alguma que isso vá resolver os problemas das estradas brasileiras. A verdade é que nada disso funciona no Brasil, porque o jeitinho brasileiro sempre está por aí pra sujar a boa conduta.
Duvido que algo mude sem que os verdadeiros responsáveis por toda a situação que desencadeou a lei tomem consciência: o povo. Se o povo não tomar noção da sua responsabilidade ao volante, esta lei vai fazer efeito enquanto durar a polêmica; depois vai passar a ser só mais um fator pra contribuir com os jogos sujos de quem não tem compromisso com a prudência e com quem se alimenta da corrupção.
2 comentários:
Mesmo eu, que não bebo antes de dirigir por não poder dirigir e, mesmo se pudesse, não seria do tipo que beberia antes; também achei um tanto exacerbada esta medida. Deve ser mais um grito do nosso prezado presidente, outro daqueles atos demagógicos para atrair a simpatia popular. Mostrar que tem atitude, pulso firme, iniciativa.
Bobo é quem cai nesse conto...
Bobos somos nós, que vamos ter que molhar a mão do guardinha com mais frequência.
100 motivos para essa lei não vingar:
1 - Eu não vou poder beber.
2 a 100 - idem.
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