"...O resto é time de três cores". Nelson Rodrigues, tricolor ilustre.
Incompreensível ou não, mas minha necessidade de auto-flagelação me incita a descrever a magnífica vitória-derrotada que a pouco presenciei (ao vivo... pela tevê).
Uma final épica com um final trágico.
Nunca imaginei que um simples jogo me pudesse comover como a um animal irracional como nos momentos que compartilhei com os 11 indivíduos que corriam atrás de uma esfera sob o olhar atento dos 80 mil presentes e dos tantos ausentes.
Não sei que motivos me levam a torcer. Simplesmente torço, vibro, grito, canto - e bebo.
Uma partida que entrará para os anais (ou com outra morfologia menos sensata) da história futebolística. Uma vitória que teve o desprazer de amargurar uma derrota histórica. Um camisa 10 que consagrou-se emplacando 3 gols numa final e desperdiçou seu pênalti.
E se não fossem os 11 marmanjos que se prostituíram aceitando 4 bolas dentro, num único e ridículo tempo de jogo;
E se não fossem o primeiro gol no primeiro minuto do primeiro jogo e nos primeiros minutos do segundo jogo;
E se não fossem a altitude do primeiro jogo, o árbitro do segundo jogo e a falta de atitude nas penalidades;
E se aquele time não tivesse derrubado mitos, lendas e tabus e calado tanta Boca...
... A decepção teria sido menor ou maior?
Foi apenas mais uma decepção num esporte tão cheio de fatores extrínsecos.
No gran finale, Palermo, o famoso pelas 3 penalidades desperdiçadas num único jogo, deu seu toque de inspiração aos nossos craques.
Essa foi minha vergonha, misturada ao orgulho de ver caras que não conheço, nem nunca conhecerei, em lágrimas por uma equipe da qual tiveram orgulho de participar, numa demonstração de "amor à camisa" nunca antes visto por minha pessoa.
Num mundo cada vez mais apegado ao capital, provavelmente eles estavam chorando pela grana que iriam receber caso vencessem a tal Libertadores. Prefiro acreditar no meu lado ingênuo e convencer-me do prazer que tiveram em estar presentes num momento sublime da saga daquele conjunto; que o mundo não está tão perdido e vendido como sempre supus.
Força, Flu. Rumo à Segundona ou à próxima Libertadores, estarei aqui, pelas três cores que traduzem tradição.
Incompreensível ou não, mas minha necessidade de auto-flagelação me incita a descrever a magnífica vitória-derrotada que a pouco presenciei (ao vivo... pela tevê).
Uma final épica com um final trágico.
Nunca imaginei que um simples jogo me pudesse comover como a um animal irracional como nos momentos que compartilhei com os 11 indivíduos que corriam atrás de uma esfera sob o olhar atento dos 80 mil presentes e dos tantos ausentes.
Não sei que motivos me levam a torcer. Simplesmente torço, vibro, grito, canto - e bebo.
Uma partida que entrará para os anais (ou com outra morfologia menos sensata) da história futebolística. Uma vitória que teve o desprazer de amargurar uma derrota histórica. Um camisa 10 que consagrou-se emplacando 3 gols numa final e desperdiçou seu pênalti.
E se não fossem os 11 marmanjos que se prostituíram aceitando 4 bolas dentro, num único e ridículo tempo de jogo;
E se não fossem o primeiro gol no primeiro minuto do primeiro jogo e nos primeiros minutos do segundo jogo;
E se não fossem a altitude do primeiro jogo, o árbitro do segundo jogo e a falta de atitude nas penalidades;
E se aquele time não tivesse derrubado mitos, lendas e tabus e calado tanta Boca...
... A decepção teria sido menor ou maior?
Foi apenas mais uma decepção num esporte tão cheio de fatores extrínsecos.
No gran finale, Palermo, o famoso pelas 3 penalidades desperdiçadas num único jogo, deu seu toque de inspiração aos nossos craques.
Essa foi minha vergonha, misturada ao orgulho de ver caras que não conheço, nem nunca conhecerei, em lágrimas por uma equipe da qual tiveram orgulho de participar, numa demonstração de "amor à camisa" nunca antes visto por minha pessoa.
Num mundo cada vez mais apegado ao capital, provavelmente eles estavam chorando pela grana que iriam receber caso vencessem a tal Libertadores. Prefiro acreditar no meu lado ingênuo e convencer-me do prazer que tiveram em estar presentes num momento sublime da saga daquele conjunto; que o mundo não está tão perdido e vendido como sempre supus.
Força, Flu. Rumo à Segundona ou à próxima Libertadores, estarei aqui, pelas três cores que traduzem tradição.
2 comentários:
Meu caro Taiguara, mesmo não sendo tricolor, compartilho com você a frustração da derrota, mesmo diante de épica vitória nos 90 minutos, e a visão ingênua de quem enxerga futebol, felizmente, com os olhos do coração. Parabéns pelo texto. É a catarse mais que justificável após uma noite daquelas...
Ao lembrar que fui dormir quase uma da manhã vendo esse jogo eu fico indignado, o Fluminense parecia disputar a vida naquele campo, sua torcida dava a maior demonstração de amor ao time que eu já presenciei mas para compensar essa extremidade de bons sentimentos havia o Sr. Renato, esse treinador que ao longo de sua carreira de técnico não conquistou absolutamente nada, ousou falar que independente de qualquer coisa seu time seria campeão e apenas brincaria no tão difícil Campeonato Brasileiro.Tá aí, o resultado foi esse, lamentável para o futebol nacional e para a torcida do Fluminense mas eu não poderia deixar de dizer que foi muito bem feito.Chupa Renato Gaúcho!
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