Estou lendo agora o livro Agruras da lata d'água, de Jessier Quirino (JQ), poeta matuto da cidade de Campina Grande.
Qualquer livro deste poeta é com certeza uma obra destas que deve ser considerada um verdadeiro tesouro que guarda toda a arte contida na nordestinidade do nordestino.
E não é redundância não!! O povo nordestino tem uma característica muito pessoal, que não é presente em todas as regiões do nosso país.
E o que Jessier faz é justamente apresentar a originalidade nordestina em forma de poesia. Uma poesia engraçada, satírica e ao mesmo tempo séria e questionadora.
Portanto, mando este poema pra quem fez tanta festa em cada lugar do país nestes últimos tempos de eleição. E principalmente para os que REelegeram os seus prefeitos! Esta é uma adaptação do poema dele contido na introdução do livro (Entre o pente e o repente) ao contexto no qual estamos inseridos neste período pós-pleito eleitoral:
Sempre foi meu desejo comer o cu desse povo (Jessier Quirino - Agruras da lata d'água)
Assim que saio eleito
No fim duma apuração
Me dá muito mais tesão
Por o povo ter-me aceito
Se fui eleito prefeito
Com o voto deles de novo
Eu pago com um par de ovo
Um taco duro e gracejo:
Que sempre foi meu desejo
Comer o cu desse povo...
...Vou me mantendo fiel
A este povo bundeiro
Sou político verdadeiro
Neste país de bordel
E desta lua-de-mel
Sei que jamais me demovo
E sendo eleito de novo
Com em grosso e varejo
Pois sempre foi meu desejo
Comer o cu desse povo.
Tem outra pérola da mesma obra que também deve ser colocada em evidência aqui. Esta vai para o putaréu politiqueiro do país bordel, Brasil forniqueiro:
Conversa de bastidor (Jessier Quirino - Agruras da lata d'água)
Pra mandar tudim pra PQP
Não pudemo se quer, se PDT
Que é mode o PSB
Amuntado no PV
Não vir se aliançar.
PC-dê-Bando a hipótis
Dum PT, sem muito T
Nem que a legenda se mele
Ou de PF ou de L
Feito PMDB
Antes que o pau recomece
Vai assim assuceder:
PMN não muda
Já desanda o PTB
PSDB tira o S
Logo depois tira o B
No mei desse sururu
Nós pega o F e o U
E acunha tudo no D.
Até me inspirei agora e escrevi uns versos!!Segue aí o Canto eleitoral (De eu próprio)
VIVA A DEMOCRACIA BRASILEIRA
ATIRADA NO RECANTO DA RIBEIRADE LAMA E DE BOSTA
QUE PISA NO POVO QUE GOSTA
DA PUTARIA ELEITOREIRA
E NOS TEMPO DE ELEIÇÃO
FAZ FESTA, CARNAVAL
DO CACETE PARTIDÁRIO TELEVISIONAL
PRA DEPOIS VER OS BEIJO DOS PUTO
E FINGIR QUE É TUDO NORMAL
Qualquer livro deste poeta é com certeza uma obra destas que deve ser considerada um verdadeiro tesouro que guarda toda a arte contida na nordestinidade do nordestino.
E não é redundância não!! O povo nordestino tem uma característica muito pessoal, que não é presente em todas as regiões do nosso país.
E o que Jessier faz é justamente apresentar a originalidade nordestina em forma de poesia. Uma poesia engraçada, satírica e ao mesmo tempo séria e questionadora.
Portanto, mando este poema pra quem fez tanta festa em cada lugar do país nestes últimos tempos de eleição. E principalmente para os que REelegeram os seus prefeitos! Esta é uma adaptação do poema dele contido na introdução do livro (Entre o pente e o repente) ao contexto no qual estamos inseridos neste período pós-pleito eleitoral:
Sempre foi meu desejo comer o cu desse povo (Jessier Quirino - Agruras da lata d'água)
Assim que saio eleito
No fim duma apuração
Me dá muito mais tesão
Por o povo ter-me aceito
Se fui eleito prefeito
Com o voto deles de novo
Eu pago com um par de ovo
Um taco duro e gracejo:
Que sempre foi meu desejo
Comer o cu desse povo...
...Vou me mantendo fiel
A este povo bundeiro
Sou político verdadeiro
Neste país de bordel
E desta lua-de-mel
Sei que jamais me demovo
E sendo eleito de novo
Com em grosso e varejo
Pois sempre foi meu desejo
Comer o cu desse povo.
Tem outra pérola da mesma obra que também deve ser colocada em evidência aqui. Esta vai para o putaréu politiqueiro do país bordel, Brasil forniqueiro:
Conversa de bastidor (Jessier Quirino - Agruras da lata d'água)
Pra mandar tudim pra PQP
Não pudemo se quer, se PDT
Que é mode o PSB
Amuntado no PV
Não vir se aliançar.
PC-dê-Bando a hipótis
Dum PT, sem muito T
Nem que a legenda se mele
Ou de PF ou de L
Feito PMDB
Antes que o pau recomece
Vai assim assuceder:
PMN não muda
Já desanda o PTB
PSDB tira o S
Logo depois tira o B
No mei desse sururu
Nós pega o F e o U
E acunha tudo no D.
Até me inspirei agora e escrevi uns versos!!Segue aí o Canto eleitoral (De eu próprio)
VIVA A DEMOCRACIA BRASILEIRA
ATIRADA NO RECANTO DA RIBEIRADE LAMA E DE BOSTA
QUE PISA NO POVO QUE GOSTA
DA PUTARIA ELEITOREIRA
E NOS TEMPO DE ELEIÇÃO
FAZ FESTA, CARNAVAL
DO CACETE PARTIDÁRIO TELEVISIONAL
PRA DEPOIS VER OS BEIJO DOS PUTO
E FINGIR QUE É TUDO NORMAL
2 comentários:
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
muito(a) foda! (sem duplo sentido)
:D
Post maravilhoso sobre as eleições viu! Deve ser replicado por aí!
Parabéns mesmo.
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